A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que, até o momento, não há evidência significativa de que animais de estimação possam ficar doentes ou transmitir o novo coronavírus (Covid-19). Mesmo assim, a recomendação é de que as pessoas infectadas evitem o contato com seus cães e gatos.

O médico-veterinário e tesoureiro do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Wanderson Ferreira, pós-graduado em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, explica que, por enquanto, não há comprovação científica de que os animais transmitam para o homem e, até hoje, o entendimento é de que os animais não são suscetíveis ao novo coronavírus (Covid-19).

“Existe um tipo de coronavírus que atinge o trato gastrointestinal de cães, podendo desencadear um processo de diarreia e vômito. Mas o homem é resistente a ele e não tem nada a ver com o Covid-19, que ataca as vias respiratórias”, esclarece.

Mesmo diante desse cenário, por cautela, o CFMV ratifica o posicionamento da OMS e recomenda que os tutores infectados também façam quarentena de convivência com os seus pets. Caso não seja possível, o tutor deve manter boas práticas de higiene ao cuidar do animal e usar uma máscara facial.

 

Quais são os cuidados de higiene recomendados?

Mesmo para humanos saudáveis, as autoridades de saúde recomendam medidas básicas de higiene ao manusear e cuidar de animais – em todas as situações, não só durante a pandemia de coronavírus.

Isso inclui lavar as mãos antes e depois de tocar nos animais, alimentos, suas fezes ou urina. Além disso, o tutor deve evitar beijar, lamber ou compartilhar alimentos com seus pets.

Quais cuidados tomar durante passeios?

A orientação de veterinários é que, para passeios com animais de estimação, locais com aglomerações, como parques lotados, por exemplo, sejam evitados. O ideal é que o contato entre tutores seja o menor possível para evitar a transmissão do vírus entre humanos.

Há casos conhecidos de Covid-19 em animais?

Há apenas um registro conhecido de um cão que testou positivo para Covid-19 após ter contato com seus donos doentes em Hong Kong.

Segundo a OIE, o teste mostrou a presença de material genético do coronavírus, mas o animal não apresentava sinais clínicos da doença.

Autoridades dizem que esse caso não é suficiente para afirmar que cachorros – ou outros animais de estimação – fiquem doentes ou tenham papel significativo na disseminação do vírus.

Fonte: CFMV E G1