A Polícia Militar de São Paulo prendeu no final da noite desta quarta-feira (5) um caminhoneiro suspeito de atirar com arma de fogo em uma cadela que vive nas imediações do terminal de cargas Fernão Dias, na Vila Medeiros, zona norte da capital. O animal foi atingido no peito e sobreviveu após os policiais que atenderam a ocorrência o encaminharem para atendimento veterinário em um hospital 24 horas.
Os agentes, que são lotados na 1ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, serão homenageados pelo comando da PM na tarde desta quinta-feira (6).
De acordo com a PM, o caso foi registrado pouco depois das 23h quando funcionários do terminal relataram a policiais que um caminhoneiro, estacionado no espaço havia dias, disparou contra o animal –uma vira-lata batizada de “Pintada”.
O boletim de ocorrência informa que, ao ser abordado pelos PMs, o caminhoneiro Douglas Tarcizo da Silva, 38, morador de Bauru (interior de SP), admitiu ter atirado na cadela e escondido a arma em outro caminhão. Silva levou os policiais até o veículo, onde foi localizada uma pistola 6,35 mm sem os cartuchos.
Ao receber voz de prisão e algemas, diz o boletim, Silva “ainda prometeu aos policiais militares uma quantia para que não fosse preso, dizendo: ‘se quiser eu arrumo um dinheiro aí pra vocês'”.
O suspeito foi encaminhado ao 73º Distrito Policial, no Jaçanã, também na zona norte, onde foi indiciado por porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo, maus-tratos a animais e corrupção ativa.
Silva foi preso e seria encaminhado na tarde de hoje a audiência de custódia no Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste). A reportagem do UOL não localizou responsáveis pela defesa do caminhoneiro.
Atendimento será bancado por hospital
A cadela foi encaminhada a uma clínica veterinária no Tucuruvi, também na zona norte, por policiais que atenderam a ocorrência. Os agentes chegaram a dividirentre eles o valor da consulta (R$ 110). O animal, que foi baleado no peito, não corre risco de morrer e permanecia nesta quinta internado na clínica.
Em nota encaminhada ao UOL após a publicação da matéria, no entanto, a assessoria de imprensa do hospital “Vet Popular”, onde a cadela foi atendida, informou que “todos os procedimentos para estabilização” da saúde do animal –entre os quais, “uma série de exames de imagem, cardiológicos e hematológicos para, assim, os médicos avaliarem seu estado de saúde com mais precisão” — serão custeados pelo próprio hospital. A princípio, de acordo o “Vet Popular”, Pintada ficará internada por tempo indeterminado.
Segundo o hospital, a comoção em torno do caso fez com que tanto funcionários do local como clientes entrassem em uma espécie de fila para adotar Pintada.
À TV Globo, um dos PMs envolvidos no atendimento, Henrique Ribeiro, contou que a decisão não teve muito planejamento, dada a urgência. “A gente tinha que dar um jeito na situação. O cachorro estava ferido. Acho que dinheiro não é tudo”, afirmou.
Fonte: UOL
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