O Projeto Áreas de Soltura de Animais Silvestres (Asas), desenvolvido em parceria pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foi indicado como um dos finalistas da 11ª edição do Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza, na categoria “Fauna”. Os vencedores serão anunciados no dia 28 de janeiro, em cerimônia virtual transmitida pelo canal da Revista Ecológico no Youtube.
A iniciativa promove o retorno de animais silvestres a seus ambientes naturais após reabilitação nos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) do Estado por meio da identificação e cadastro de propriedade rurais com condições ambientais e estrutura adequadas ao recebimento. O Projeto Asas mantém, atualmente, 52 áreas de soltura cadastradas em Minas Gerais.
Em 28 anos as áreas de soltura permitiram que mais de 100 mil animais voltassem para a natureza
As Asas começaram a ser utilizadas em Minas Gerais em 1992, sob a gestão do Ibama. Em 28 anos as áreas de soltura permitiram que mais de 100 mil animais voltassem para a natureza. Desse total, a partir de 2013 quando assumiu a gestão da fauna silvestre no Estado, o IEF foi responsável pela reintrodução de mais de 30 mil animais ao seu ambiente natural.
Atualmente, Minas conta com três Cetas administrados em parceria entre o Ibama e o IEF, nos municípios de Belo Horizonte, Juiz de Fora e Montes Claros, e dois Cetras, em Divinópolis e Patos de Minas, cuja administração é exclusiva do IEF. As seis unidades recebem, anualmente, cerca de 12 mil animais, sendo a maioria vítimas de tráfico ou de posse e cativeiro irregular. Além disso, os animais também são entregues voluntariamente pela população ou recolhidos, como é o caso de animais silvestres geralmente feridos em meio rural ou urbano e que demandam tratamento médico veterinário.
Após triagem e reabilitação, os animais aptos à soltura são encaminhados às áreas previamente selecionadas, onde passam por uma etapa de aclimatação até serem finalmente soltos em seu ambiente natural. Os animais são libertados sempre priorizando o seu bem-estar e a chance de cumprirem o seu importante papel na manutenção do equilíbrio ecológico.
Prêmio Hugo Werneck
Em sua 11ª. edição, o Prêmio Hugo Werneck se tornou uma referência nacional no reconhecimento de ações, iniciativa e projetos voltados à sustentabilidade e à manutenção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado. A premiação acumula mais de mil inscrições e indicações recebidas e 151 vencedores e homenageados. Parte integrante do calendário institucional, empresarial e político do país, a iniciativa visa reconhecer, divulgar e premiar os melhores exemplos de gestão, revitalização e preservação ambiental, bem como indicações de pessoas e instituições dedicadas à causa da sustentabilidade em todo o país.
Em 2021, o tema da premiação será “Tempos Futuros: de Charles Chaplin à indústria 4.0”. O objetivo é mostrar a evolução ambiental ocorrida desde a primeira Revolução Industrial, quando o ser humano foi subjugado pelas máquinas, causando desemprego em massa na época. Até os dias de hoje, quando já se vislumbra a Quarta Revolução, em curso, também chamada “Indústria 4.0”, que irá mudar o modo de produzir e consumir da humanidade. Isso se dará com o uso inteligente e cada vez menor de recursos naturais, multiplicando em muito a atual produtividade industrial.
Idealizado pela Revista Ecológico e o Sindicato das Indústrias Extrativas de Minas Gerais (Sindiextra)/Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o prêmio tem como principal correalizador, pelo segundo ano consecutivo, o Sistema Fiemg. Conta também com a participação do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e seus órgãos colegiados: Igam, IEF e Feam. E, a nível regional e nacional, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A supervisão técnica da Fundação Dom Cabral. A parceria da Rede Globo Minas. A legitimação do Centro Hugo Werneck de Proteção à Natureza. O apoio da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda) e o engajamento da Fundação SOS Mata Atlântica.
FONTE: IEF
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