Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém desenvolveram uma tecnologia que permite testar novas drogas sem o uso de animais. Isso pode representar uma revolução na ciência e, ainda, livrar milhões de cobaias vivas de experimentos em laboratório. Trata-se de um microchip produzido com tecido humano capaz de simular as reações do organismo de uma pessoa.

Esse tecido apresenta sensores microscópicos que possibilitam o monitoramento, com precisão e em tempo real, das respostas do corpo a tratamentos com medicamentos específicos.

Por meio da introdução de cisplatina (medicamento tradicionalmente usado no tratamento de câncer), os cientistas testaram a eficácia do chip, que replicou o efeito da droga em humanos e comprovou, ainda, que o remédio provoca acúmulo de gordura nos rins.

Em outro momento do teste, a cisplatina foi introduzida em conjunto com a empagliflozina, um medicamento para diabetes. A partir da reação do chip a essas substâncias, foi possível provar que a empagliflozina, em presença da cisplatina, consegue diminuir a gordura nos rins.

Com o sucesso do experimento, que foi publicado na revista científica Science Translational Medicine, os pesquisadores requereram a patente e a aprovação de um novo remédio sem a realização de testes em animais à Food and Drug Administration (FDA), agência de saúde dos EUA. O medicamento é uma combinação da cisplatina com empagliflozina, para ser usado no combate à esteatose hepática (excesso de gordura no fígado)

Fonte: Olhar Digital