Veterinária explica que alguns gatos reagem mal à presença constante dos tutores em casa, mas existem formas de amenizar o problema
Alguns posts cômicos nas redes sociais mostram fotos de gatos aparentando irritabilidade ao ter que “aguentar” os tutores o dia inteiro em casa. Mas embora a situação esteja sendo tratada com humor (e por vezes chega a ser engraçada mesmo), a verdade é que a mudança repentina da rotina pode mesmo irritar os gatos.
“Os gatos gostam de ter seu ambiente sob controle, por isso, qualquer alteração em seu ambiente e rotina podem ser muito estressantes. Perante as mudanças pelo isolamento social, os felinos estão lidando com uma nova realidade e essa é uma situação desafiadora para eles”, diz a veterinária da Ceva Saúde Animal, Priscila Brabec.
Ela explica que os gatos conseguem identificar que algo está diferente e, por isso, o ideal é tentar manter a rotina do animal: “Se possível, evite a reorganização dos móveis e alterações nas disposições dos objetos utilizados pelos gatos, pois isso pode gerar desconforto e aumentar os níveis de estresse. É importante também manter a mesma rotina de alimentação”, comenta.
O trabalho no formato home office, ao qual muitas pessoas estão precisando se adequar, pode introduzir no ambiente objetos perigosos e pelos quais os gatos podem ter interesse: “É imprescindível não deixar tesouras, agulhas, sacos plásticos, entre outros objetos que possam oferecer algum risco em locais de fácil acesso. É importante também redobrar os cuidados com os produtos de limpeza, que estão sendo ainda mais utilizados nesse período. Guarde todos em um espaço onde o felino não tenha acesso”.
Como os felinos passam muitas horas dormindo, segundo a veterinária, é importante respeitar esse período ao invés de explorar a atenção dele com brincadeiras. Por outro lado, exercícios físicos e mentais também são fundamentais desde que sejam realizados na hora certa, ou seja, a hora que o gato quer e não seu tutor.
Entre as brincadeiras preferidas dos gatos, até mesmo dos adultos, estão “esconde-esconde” (quando o tutor se esconde, chama o gato e espera ele ir procurá-lo, mas também pode ser feita escondendo petiscos embaixo de tapetes); bolinha de papel amassado (recomenda-se fazer pelo menos umas 15 por dia porque o destino de todas é debaixo dos móveis); caixa de papelão com buracos (para enfiar varetas, bichinhos de pelúcia ou os dedos – no caso de tutores mais corajosos); cobra falsa (amarre uma bolinha na ponta de um barbante com cerca de um metro e meio de comprimento e arraste pela casa) e brincadeira da cabana (enfie as mãos debaixo de um edredon grosso e simule movimentos – os gatos adoram caçar coisas escondidas debaixo de cobertas).
Deixar um comentário