Multas iniciadas no valor de 150 mil yuans (19.000 euros) foram definidas para quem descumprir a medida
A cidade de Shenzhen, na China, proibiu a criação e o consumo de animais silvestres para tentar evitar um novo surto de coronavírus no futuro. O consumo de cachorros e gatos também foi proibido.
A Covid-19 surgiu em Wuhan, na China, no final de 2019, e logo descobriu-se a relação entre o surgimento do vírus e um mercado da cidade que comercializava animais selvagens, vivos e mortos, em condições insalubres – propícias para a aparição de doenças.
No Sul da China, onde Shenzhen está localizada, o consumo de animais selvagens é popular. Em 2002, um surto de pneumonia atípica, a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), teve início em pessoas que consumiam, criavam ou vendiam animais silvestres em áreas próximas à cidade de Shenzhen.
Ao contrário da decisão do governo central da China, que proibiu temporariamente, em fevereiro, o comércio de animais selvagens, os regulamentos publicados em Shenzhen proíbem a prática de maneira definitiva.
Foram estipuladas multas a partir de 150 mil yuans (19.000 euros) para quem descumprir a medida. Dependendo da quantidade de animais comercializados, o valor aumenta.
Lamentavelmente, a criação de animais selvagens para fins medicinais – sem qualquer comprovação científica -, não foi proibida. Da mesma forma que ocorre com os animais criados para consumo, essa prática explora e condena inúmeros seres vivos ao sofrimento, além de colocar a saúde pública em risco.
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