Diante dos riscos de rompimento do talude norte da Cava de Gongo Soco, na Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve nesta sexta-feira, 17 de maio, o compromisso da Vale de recolher, a pedido de tutores, os animais domésticos e silvestres ainda remanescentes nas zonas de autossalvamento (ZAS) e nas zonas de segurança secundária (ZSS) da barragem Sul Superior. Para o recolhimento, o interessado deve acionar a empresa (0800 031 0831).

Desde 14 de fevereiro, quando a Justiça deferiu pedido de tutela provisória de urgência proposto pelo MPMG, a mineradora está obrigada a executar plano de ação para proteção à fauna em Barão de Cocais. De acordo a decisão, a empresa ficou obrigada a, entre outras medidas, realizar ações de localização, resgate e cuidado dos animais deixados nas áreas de risco, depois da evacuação das pessoas residentes nas comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteiras, promovida no dia 8 de fevereiro.

Foi determinado ainda que a empresa forneça provisão de alimento, água e cuidados veterinários aos animais que aguardam resgate.

Riscos iminentes
Conforme informado pela empresa Vale S/A ao MPMG e outros órgão de Estado, foi verificada uma deformação no talude norte da Cava de Gongo Soco, na Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, passível de provocar a sua ruptura, gerando vibração capaz de ocasionar a liquefação da Barragem Sul Superior, levando ao rompimento da estrutura e, por conseguinte, danos sociais e humanos imensuráveis para a região.

Documento obtido pelo MPMG, produzido pela própria Vale, estima que, permanecendo a velocidade de aceleração de movimentação do talude norte da Cava da Mina de Gongo Soco, sua ruptura poderá ocorrer no período de 19 a 25 de maio.