O Projeto Quapivara, desenvolvido pelo MPMS em parceria com órgãos públicos locais, inicia uma nova fase com o objetivo de monitorar os pontos de rodovias em que há travessia de animais silvestres em Campo Grande e conscientizar os motoristas para evitar atropelamentos e acidentes. Com o apoio do Projeto Florestinha, da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul, serão realizadas campanhas de conscientização da população, por meio da distribuição de folders e adesivos nas ruas da Capital sul-mato-grossense.

Idealizado pela Procuradora de Justiça e Coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente (CAOMA), Marigô Regina Bittar Bezerra, o Projeto QUAPIVARA busca reforçar a missão ecológica da região, e principalmente, promover a sustentabilidade da cidade e combater a falta de urbanidade e respeito no trânsito. O nome QUAPIVARA remete aos quatis e capivaras, “animais silvestres que convivem com a população em regiões habitadas e de tráfego e por isto estão sujeitos a atropelamentos”, explica a procuradora.

Em Campo Grande, as rodovias nas proximidades e entradas da cidade cortam o habitat natural destes animais e de outras espécies, por isso a ação se mostra importante para a preservação da vida dos animais e da vida humana. Afinal, o Projeto contempla não só o viés ambiental, mas também a questão da segurança dos motoristas e motociclistas.

Colaboradores

Para a realização do Projeto QUAPIVARA, a Procuradora de Justiça e Coordenadora do CAOMA buscou a parceria de instituições como a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur ), o Parque das Nações Indígenas, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e a Polícia Militar Ambiental (PMA).

Com a colaboração destes órgãos, será possível implementar as ações previstas no Projeto tais como: instalação de placas sinalizadoras e faixas nos locais em que há possibilidade de passagem de animais silvestres urbanos; conscientização dos condutores dos veículos para que reduzam a velocidade e propiciem a chance para a travessia segura dos animais; divulgação de lembretes dos cuidados que a sociedade deve ter no trânsito e na preservação do meio ambiente.

A Agetran já sinalizou o apoio ao Projeto com a colocação de placas de advertência educativa em locais com maior incidência de atropelamentos de quatis e capivaras em Campo Grande. Em outra etapa, o projeto irá às escolas para sensibilizar os futuros motoristas e motociclistas para essa questão.

Ajuda da população

A população também pode colaborar com o Projeto QUAPIVARA. Ao avistar um animal atravessando uma via pública ou que tenha sido atropelado, basta enviar um whatsapp para o celular 67 98478-2014 com a foto e a localização. Esta informação vai ajudar a gerar dados para a estimativa do número de animais que são mortos ou atropelados, como também dos pontos da cidade mais propensos a este tipo de acidente.

Há também o Disk Atropelamento, em que o cidadão fala direto com a PMA pelo telefone fixo 67 3357-1500. Neste caso, a PMA dará assistência ao animal. Em caso de morte, o órgão entrará em contato com a Solurb (concessionária responsável pela limpeza urbana de Campo Grande) para recolher o corpo, e em caso de animal ferido, o encaminhará para a reabilitação no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres).

Fonte: Assecom MPMS